Juntas, eu e as estrelas, sorrimos ao ouvir (e relembrar) uma história que começou há já um ano.
O campo de futebol estendia-se longo na noite escura. As estrelas visíveis brilhavam e sorriam lá ao alto, enquanto ele me contava como se tinha sentado naquele preciso local, há um ano, para, pela primeira vez, ouvir a minha voz e os meus risos tímidos do outro lado do telefone.
As estrelas escutaram a história, e acompanharam-nos enquanto ele me levava a todos os lugares onde há um ano repousava para ansiosamente falar comigo.
As estrelas seguiram-nos do céu pelo parque com o seu manto brilhante, e de dia vestiram a sua invisibilidade e acompanharam-nos na praia e no belo e alto castelo de Aljezur. Mais tarde, vestidas de novo com o seu manto reluzente, seguiram-nos aos bares e discotecas, e ouviram comigo os detalhes que os amigos do meu amor ofereciam para completar a história. Todos sorriam e riam alto e faziam uma grande exclamação de admiração quando ele lhes contava que era eu quem, há um ano, fez com que ele se apaixonasse por mim e guardasse toda a noite somente para falar comigo.
Juntas, eu e as estrelas, sorrimos ao ouvir (e relembrar) uma história que começou há já um ano.
E ele repetia sempre: ''há um ano apenas ouvia a tua voz a esta hora da noite, agora, estás aqui, a dar-me a mão''.
