quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Amo-te. Ainda.

Agora que me encontro sozinha é mais doloroso. Acompanhada sempre me distraio. A ver um filme entro na história, e desejo ter um final como o que a rapariga adolescente, a protagonista da história (que dava tanto para que fosse eu no seu lugar) teve.
Assim não.

Sozinha
dói mais.
Não me sais da cabeça.

O tempo não passa nem mais depressa, nem mais devagar. Simplesmente não passa, e a dor que parece durar horas a fio sem cessar dura na verdade uns meros cinco minutos.
Sabes uma coisa?

Eu gostei da tua mensagem. Fiz uma força
enorme para conter as lágrimas vazias de qualquer felicidade, e comecei a teclar uma mensagem no teclado frio e duro do telemóvel para te responder. Comecei por mentir, e dizer que me encontrava bem, e que concordava contigo. Depois concluí a mensagem com um "Claro que continuamos melhores amigos, seremos sempre assim. Beijão." e no final ponderei em teclar a palavra Amo-te. E acabei por a juntar à mensagem. Mas aquelas lágrimas forçaram imenso a saída, como alunos que querem sair com uma gana desesperada da sala quando toca e se empurram uns aos outros até que, finalmente consiga sair um, para saírem uns outros 30 a seguir, e assim uma das lágrimas marotas escapou. E a coragem que tinha à um minuto atrás para te enviar aquela mensagem que nada mais continha que mentiras, à excepção da última palavra, tinha agora desvanecido. Por isso, com um toque muito leve, pressionei o botão vermelho, e no ecrã do telemóvel apareceu o relatório de que aquela mensagem mentirosa se encontrava agora nos meus rascunhos.
Optei então por
não te responder.
Não te queria
mentir. Mas também não te queria dizer a verdade.
Sabes outra coisa?

A todos os segundos me apetece enviar-te uma mensagem ou ligar-te a dizer algo do género: "Pode ser que durante esta semana, ou um mês, sintas
a minha falta, e te apercebas do quanto éramos felizes, ou pelo menos, do quanto eu era. Pode ser que aí ainda haja volta a dar. Eu gostava. Amo-te meu lindo." Mas isso era errado, vindo de mim.
Por isso, secretamente, e para mim, a todos os segundos, desejo ver uma mensagem
tua no ecrã do meu telemóvel, ou do meu computador que diga apenas três palavras: Também Te Amo.
E que de repente acorde, e volte tudo a ser como era antes
.

4 comentários:

  1. O tempo é o mais precioso para as memórias intocáveis, com o tempo aprendemos a conter as lágrimas, e depois ao fim de algum tempo, quando o coração já estiver "curado" da dor, devolvemos um sorriso para essas recordações, e a esperança prevalece para voltarmos a ter a alegria daqueles momentos...

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