
Por vezes não são os problemas, e o passado que me atormenta que vem ter comigo, por vezes sou mesmo eu que os busco, no entanto não o faço de maneira nenhuma de propósito, não gosto de me sentir assim.
Apareceu-me à frente e cliquei para ver se havia melhoras. No entanto tudo continuava igual, a mesma alucinação de que me lembro da última vez que o vi. Essa alucinação com que me disseste da forma mais fria possivel que não querias de maneira nenhuma voltar mais a falar comigo. Essa alucinação atormenta-me, não me deixa dormir à noite, faz com que chore horas a fio e deixa-me desgostosa, sentindo-me horrivelmente.
Não me devia sentir assim, tenho as melhores pessoas do mundo ao meu lado, e uma em especial que me faz abrir os olhos e a mente para um novo mundo, que me deixa incrivel e estupidamente espantada todos os dias com as suas acções e reacções, portanto não tenho qualquer razão para sentir o que senti.
Mas a verdade é que a senti, aquela saudade que já não tinha à muito do meu ex-melhor amigo, que me foi roubado. Senti a necessidade de ler coisas antigas que me escrevias e que me deixavam a sorrir durante horas e até dias... Sabia que me iria fazer mal, mas no entanto fui estupidamente masoquista para o fazer, e depois de ler mensagens suas que guardei no telemóvel, decidi ir ver o histórico do msn, procurando algum sinal do seu verdadeiro eu. Mas só encontrei nas palavras que me atirou e que me esfregou brutalmente na cara, outra pessoa, que de certo modo desconhecia.
E a pontada de dor despertou de novo dentro de mim. Passei de novo algumas horas agitadíssima. Arrependida e verdadeiramente chateada comigo por ter feito o que fiz. Com nojo da pessoa que te revelaste. Com nojo de tudo o que destruiste. Desgostosa, portanto.
Para me acalmar procurei aquilo que sempre disse às minhas meninas: "quando te sentires na merda, absolutamente em baixo, a melhor solução é dormir. Mas deita-te a ouvir a música mais linda que te vem à cabeça, a mais linda que encontrares, e vais ver como adormeces feliz, ou pelo menos, bastante calma." e fiz o que sempre disse, lendo uma última vez uma mensagem do meu namorado, que me chamou de novo á terra, fazendo me ver quem realmente gosta de mim. Daquilo que sou. Acabei por adormecer com os phones nos ouvidos.
Esta manhã acordei com o telemóvel e com os phones debaixo de mim, marcada nas costas pelos mesmos, e com o meu telemóvel desligado por falta de bateria.
Mas uma coisa é certa. Não me lembro da noite. Não tive quais-queres sonhos crúeis com ele a destruir-me vezes e vezes sem conta como das outras vezes.
E sentia-me verdadeiramente feliz, calma, e confiante.
Dream on lover - Civic
A música com que adormeci, que me deixa absolutamente atordoada.