Amor, penso que não fazes ideia, mas dirte-ei agora mesmo como me senti, relativamente à nossa adaptação ao meio que até ontem não era o nosso. Mal dormi, com o pânico. É ridícula esta minha reacção. Quando passei o meu portão verde e te vi no passeio em frente à minha espera, com a mochila às costas senti que toda eu tinha petrificado naquele instante. Era agora, dentro de 3 minutos estaríamos a passar o portão principal da escola juntos, e eu saberia como iria ser esta integração do nós na escola. Apenas sei que enquanto mantinha a tua mão entrelaçada na minha, senti um ligeiro nervosinho, mas assim que os teus dedos se soltaram dos meus o medo voltou a possuir-me.
Saltando pormenores, explicar-te-ei apenas que tudo me fazia confusão, e o que mais me perturbava era a maneira como me parecias diferente. Nem me parecias a mesma pessoa.
É completa e absolutamente normal o que aconteceu, na escola não vais agir comigo como ages quando vamos passear, ou como quando vamos à praia, ou como quando estamos só nós, mas ao sentir-te tão disperso, e ao sentir-te tão abstraído de mim, de nós... Tu não sabes, mas eu entrei em perfeito pânico, e embora eu saiba que é quase impossível deixares-me agora, o medo de perder algo tão importante assolou-me.
Quando me pediste para no teu dia de anos estar contigo, foi como uma lufada de ar fresco, e um novo apoio para me amparar a queda que senti quando me faltou o chão.
Hoje não estive tão apreensiva, já me tinha mentalizado que irias estar um bocado desconectado a mim. E assim foi. Mas eu sabia que ia estar contigo mais tarde, e que talvez fosses estar como eu te conheço. E foi mesmo dito e feito, fora da escola eras de novo aquela pessoa que me fascina.
É incrível a diferença que se faz notar em ti quanto ao ambiente em que te encontras.
Nem sabes como estive feliz no jantar e depois, tão feliz, tão feliz, tão feliz que só me apetecia gritar ao mundo que te amo e que sou pura e simplesmente feliz por te ter.
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