sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Não sei porquê, mas hoje quando olhei para ti vi de novo o meu pequeno bebézinho. Vi-te de novo a fazer um ruído que tentava soar como um miar, e voltei a sorrir a ver-te tentar correr quando ainda nem sequer andavas como deve de ser. Eras de novo minúsculo e cabias nas minhas mãos. O teu pêlo desalinhado conjugava com os olhinhos azuis de bebé, e acordavas-me de novo todas as manhãs para te dar leite, e todas as noites para te embalar. Ficavas eufórico quando chegava a casa, e acarinhavas-me quando me sentia embaixo. É incrível a quantidade de memórias que se consegue obter num tão curto espaço de tempo... E decidi confrontar os meus medos e dar-te uma festa na cabeça. Assim que o fiz começaste logo a ronronar e deste uma torrinha na minha mão. Eu sorri, e vieram-me as lágrimas aos olhos - acontece-me sempre que te vejo, talvez pelas saudades avassaladoras que sinto, ou talvez por medo e não perceber como é que chegámos a este ponto. E tu olhaste-me com um olhar amoroso, mas ao mesmo tempo triste, e vi em ti reflectido o meu estado de espírito. Oh meu pequeno gatinho, podias ter tido tudo. Podíamos. Mas deitaste tudo a perder... sinto tanto a tua falta...
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