domingo, 28 de outubro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
"Não consigo ser a mesma pessoa para ti. Certos acontecimentos fizeram
com que eu mudasse as minhas escolhas, e lamento que a nossa amizade já
não seja das minhas grandes alegrias. Perdi a confiança, perdi certo
carinho, perdi certo á vontade. Quem diria que eu iria perder a pessoa
que um dia considerei minha melhor amiga? Mudei, e tenho consciência que
só mudei para ti. É triste, mas não consigo mandar no que sinto, não
quero fingir algo que deixei de sentir. Lamento mesmo Inês. Não é
ingratidão, sei bem o que já fizeste por mim, e sei de cor todas as
lágrimas que me amparaste. Mas também não consigo esquecer o que de
errado aconteceu. Talvez um dia tudo volte a ser o que era. "
Hoje vi isto no Blog da Cláudia. Finalmente sei o que se passa. Agora a minha alma, depois de amargurar e sofrer pelas palavras lidas umas já 20 vezes, pode tentar descançar. Se conseguir, claro.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
As coisas já não são como eram. Eu sei disso, apercebo-me.
Mas não percebo porquê...
Tenho saudades dos abraços, dos desabafos, dos beijinhos, da confiança em mim depositada...
Mas agora o luar apagou-se, os sonhos com ele se foram. As recordações.
''Foi num ar que te deu, o teu canto mudou''... O meu sonho morreu.
Mas não percebo porquê...
Tenho saudades dos abraços, dos desabafos, dos beijinhos, da confiança em mim depositada...
Mas agora o luar apagou-se, os sonhos com ele se foram. As recordações.
''Foi num ar que te deu, o teu canto mudou''... O meu sonho morreu.
domingo, 14 de outubro de 2012
Ema (||)
Ema acordou lavada em lágrimas e suor. O mesmo sonho, outra vez.
Ema estava meio acordada, meio adormecida, e ele, deitado ao seu lado, olhava-a com amor. Ema sentia-o sorrir. De repente, o toque dele fez com que ela se movesse ligeiramente. Como um espasmo. Mesmo acordada, Ema ainda se sentia levar por uma onde de energia de cada vez que ele lhe tocava.
E Ema sentiu o carinho daquele que a contemplava ali, deitada numa almofada clara, que contrastava com o cabelo escuro e despenteado, nua, com a mão de pele cristalina a agarrar o cobertor branco e pessado, a dormir serenamente.
Ema sente-o aproximar-se, e ele envolve-a nos seus braços, e sussurrra que nunca vai deixar de a amar. É uma promessa. Ele afasta-lhe o cabelo da cara, beija cada um dos seus olhos, e beija-lhe o nariz. E, num tom melodioso suspira: "Acorda, sua grande dorminhoca..!"
Ema espreguiça-se, abre os olhos, e ele está ali, ao seu lado, a olhá-la e a sorrir ao mesmo tempo. E ela estica a mão, e consegue tocar-lhe. Sente o queixo àspero da barba com 2 dias, olha-o pelos olhos azuis, e ela sabe que ele está ali, e que nunca a vai deixar.
Ela sente-o ali, tão perto dela.
E no entanto, uma memória tão inalcançável.
E Ema acorda lavada em lágrimas e suor. O mesmo sonho, outra vez.
Ema estava meio acordada, meio adormecida, e ele, deitado ao seu lado, olhava-a com amor. Ema sentia-o sorrir. De repente, o toque dele fez com que ela se movesse ligeiramente. Como um espasmo. Mesmo acordada, Ema ainda se sentia levar por uma onde de energia de cada vez que ele lhe tocava.
E Ema sentiu o carinho daquele que a contemplava ali, deitada numa almofada clara, que contrastava com o cabelo escuro e despenteado, nua, com a mão de pele cristalina a agarrar o cobertor branco e pessado, a dormir serenamente.
Ema sente-o aproximar-se, e ele envolve-a nos seus braços, e sussurrra que nunca vai deixar de a amar. É uma promessa. Ele afasta-lhe o cabelo da cara, beija cada um dos seus olhos, e beija-lhe o nariz. E, num tom melodioso suspira: "Acorda, sua grande dorminhoca..!"
Ema espreguiça-se, abre os olhos, e ele está ali, ao seu lado, a olhá-la e a sorrir ao mesmo tempo. E ela estica a mão, e consegue tocar-lhe. Sente o queixo àspero da barba com 2 dias, olha-o pelos olhos azuis, e ela sabe que ele está ali, e que nunca a vai deixar.
Ela sente-o ali, tão perto dela.
E no entanto, uma memória tão inalcançável.
E Ema acorda lavada em lágrimas e suor. O mesmo sonho, outra vez.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Ema
Num dos cantos do quarto a pequena aparelhagem cinzenta fazia soar o tema ''Everything Happens to Me'' do Chet Baker. Estava em modo 'Repetir'.
A tarde cinzenta espreitava pelos cortinados brancos da grande janela, e a chuva parecia encaixar perfeitamente na música.
A televisão estava ligada, mas sem som, apenas para fazer companhia... Ema sentia-se sozinha. Na série que estava a dar (a favorita de Ema) acabara de dar uma cena cómica que sempre a fez rir. Mas hoje, nem as parvoíces de 'Friends' a faziam sorrir sequer. Ema sentia-se sozinha.
Sentada na cama, encostada à vasta coleção de almofadas brancas e macias que a mãe fazia questão de manter, pegou num livro, e folheou as páginas, enquanto lia atentamente as frases tão bem escritas de David Lodge. Ema gostava muito de ler, de dias cinzentos, de música, e de se enroscar nas almofadas. Mas hoje, nem isso a deixava satisfeita.
Levantou-se da cama, aproximou-se da janela. Já não chovia. Viu o vento lá fora roçar-se nas árvores e fazer as folhas de Outono dançarem. Quase sem reação abriu a janela. O vento frio e forte abraçou-se a Ema, fez-lhe festas na cara, e fez com que o seu cabelo ondulasse e batesse como chicoteadas na face e no pescoço. O vento parecia até gritar.
Assustada pela violenta sensação de frio que sentiu de repente ao voltar a si, fechou a janela, e enquanto tentava aquecer os braços inclinou-se para o espelho do quarto.
Ema sempre tivera o aspeto de uma menina muito bonita, e agora, aos seus 17 anos, a beleza estava mesmo à flor da pele. A pele branca e sem imperfeições, o cabelo escuro e ondulado que emoldurava a cara, os olhos cor de mel, e o sorriso sempre presente faziam de Ema uma pessoa que dá automáticamente vontade de conhecer. E quando se conhecia realmente, ficava-se encantado. Estava sempre de bom humor, muito doce, e sempre positiva, pronta a ajudar tudo e todos.
Mas ultimamente estava diferente. Há tempos a sua cara começou a modificar-se: os olhos eram marcados por fortes olheiras, e o sorriso havia desvanecido.
Ao olhar-se ao espelho pôs as mãos na cara. Estava fria e o nariz vermelho.
Dirijiu-se ao armário e de lá retirou um pijama felpudo e que parecia ser dois números acima do seu, de calças azuis clarinhas e camisola branca. Para completar arranjou umas meias de pêlo azuis escuras.
Sentou-se à beira da cama, tirou as calças de ganga escuras e as meias pretas curtas, e vestiu apressadamente as calças azuis do pijama, que pôs por dentro das meias de pêlo. Depois tirou a camisola de lã que tinha vestida, pendurou-a, e vestiu a camisola do pijama.
Colocou-se diante do esplho outra vez, mirou-se de cima abaixo, e começou a chorar silenciosamente.
Nem o pijama de flanela aquecia o frio interior que a consumia.
É que Ema sentia-se muito sozinha.
A tarde cinzenta espreitava pelos cortinados brancos da grande janela, e a chuva parecia encaixar perfeitamente na música.
A televisão estava ligada, mas sem som, apenas para fazer companhia... Ema sentia-se sozinha. Na série que estava a dar (a favorita de Ema) acabara de dar uma cena cómica que sempre a fez rir. Mas hoje, nem as parvoíces de 'Friends' a faziam sorrir sequer. Ema sentia-se sozinha.
Sentada na cama, encostada à vasta coleção de almofadas brancas e macias que a mãe fazia questão de manter, pegou num livro, e folheou as páginas, enquanto lia atentamente as frases tão bem escritas de David Lodge. Ema gostava muito de ler, de dias cinzentos, de música, e de se enroscar nas almofadas. Mas hoje, nem isso a deixava satisfeita.
Levantou-se da cama, aproximou-se da janela. Já não chovia. Viu o vento lá fora roçar-se nas árvores e fazer as folhas de Outono dançarem. Quase sem reação abriu a janela. O vento frio e forte abraçou-se a Ema, fez-lhe festas na cara, e fez com que o seu cabelo ondulasse e batesse como chicoteadas na face e no pescoço. O vento parecia até gritar.
Assustada pela violenta sensação de frio que sentiu de repente ao voltar a si, fechou a janela, e enquanto tentava aquecer os braços inclinou-se para o espelho do quarto.
Ema sempre tivera o aspeto de uma menina muito bonita, e agora, aos seus 17 anos, a beleza estava mesmo à flor da pele. A pele branca e sem imperfeições, o cabelo escuro e ondulado que emoldurava a cara, os olhos cor de mel, e o sorriso sempre presente faziam de Ema uma pessoa que dá automáticamente vontade de conhecer. E quando se conhecia realmente, ficava-se encantado. Estava sempre de bom humor, muito doce, e sempre positiva, pronta a ajudar tudo e todos.
Mas ultimamente estava diferente. Há tempos a sua cara começou a modificar-se: os olhos eram marcados por fortes olheiras, e o sorriso havia desvanecido.
Ao olhar-se ao espelho pôs as mãos na cara. Estava fria e o nariz vermelho.
Dirijiu-se ao armário e de lá retirou um pijama felpudo e que parecia ser dois números acima do seu, de calças azuis clarinhas e camisola branca. Para completar arranjou umas meias de pêlo azuis escuras.
Sentou-se à beira da cama, tirou as calças de ganga escuras e as meias pretas curtas, e vestiu apressadamente as calças azuis do pijama, que pôs por dentro das meias de pêlo. Depois tirou a camisola de lã que tinha vestida, pendurou-a, e vestiu a camisola do pijama.
Colocou-se diante do esplho outra vez, mirou-se de cima abaixo, e começou a chorar silenciosamente.
Nem o pijama de flanela aquecia o frio interior que a consumia.
É que Ema sentia-se muito sozinha.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
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