Ema acordou lavada em lágrimas e suor. O mesmo sonho, outra vez.
Ema estava meio acordada, meio adormecida, e ele, deitado ao seu lado, olhava-a com amor. Ema sentia-o sorrir. De repente, o toque dele fez com que ela se movesse ligeiramente. Como um espasmo. Mesmo acordada, Ema ainda se sentia levar por uma onde de energia de cada vez que ele lhe tocava.
E Ema sentiu o carinho daquele que a contemplava ali, deitada numa almofada clara, que contrastava com o cabelo escuro e despenteado, nua, com a mão de pele cristalina a agarrar o cobertor branco e pessado, a dormir serenamente.
Ema sente-o aproximar-se, e ele envolve-a nos seus braços, e sussurrra que nunca vai deixar de a amar. É uma promessa. Ele afasta-lhe o cabelo da cara, beija cada um dos seus olhos, e beija-lhe o nariz. E, num tom melodioso suspira: "Acorda, sua grande dorminhoca..!"
Ema espreguiça-se, abre os olhos, e ele está ali, ao seu lado, a olhá-la e a sorrir ao mesmo tempo. E ela estica a mão, e consegue tocar-lhe. Sente o queixo àspero da barba com 2 dias, olha-o pelos olhos azuis, e ela sabe que ele está ali, e que nunca a vai deixar.
Ela sente-o ali, tão perto dela.
E no entanto, uma memória tão inalcançável.
E Ema acorda lavada em lágrimas e suor. O mesmo sonho, outra vez.
Sem comentários:
Enviar um comentário