quinta-feira, 10 de março de 2011

Do you remember?

Lembras-te?
Lembras-te quando apenas tinhas medo do bicho papão, do homem do saco e de barulhos altos?
Lembras-te como passavas os dias a desenhar com todas as cores do arco-iris disponíveis nos lápis de cera macios?
Lembras-te que sempre que te diziam que iam passear querias levar o triciclo ou a trotineta?
Lembras-te como rias à gargalhada com as cócegas que faziam a todo o momento? E lembras-te como o teu próprio riso soava sempre a uma melodia tão agradável?
Lembras-te de todos os beijinhos que recebias nas bochechas tão fofas de grandes?
Lembras-te de como te conseguiam tão simplesmente elevar para que pudesses assistir o mundo num ponto mais alto, nas cavalitas aos ombros do teu pai, da tua mãe, ou de outro alguém tão importante?
Lembras-te como querias que todas as noites te lessem um livro e deixassem a luz acesa para que os monstros não saissem debaixo da cama para te intragar de uma só dentada? E lembras-te de como todas as histórias tinham um final feliz?
Lembras-te da ausência de stresses que se sentia? Tudo era colorido e feliz (tirando quando querias uma coisa e teimavam em não ta dar).
Lembras-te mesmo?
Agora diz-me, serei eu a única a desejar que estas lembranças voltem a retomar o seu lugar como presente, agora mesmo?

2 comentários:

  1. não és só tu Inês eu também quero que esses tempos voltem... não tinhamos problemas nenhuns....

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  2. Tinhamos problemas sim. Grandes problemas. A minha mãe dizia que tinha de ir fazer os trabalhos de casa e perdia o melhor episodeo do meu desenho animado favorito; não recebia aquela boneca que tanto queria no Natal; aquele rapaz da minha turma não gostava de mim... são só exemplos.
    Agora parecem absurdos? Pois também os "grandes" problemas de agora também o pareceram daqui a uns tempos.
    Mas naquela altura aquilo que fazia-mos era viver mais as pequenas coisas. E lá acabávamos por atenuar o problema. Tornava os tpcs mais divertidos, ou acabava-os mais depressa ou..tanta coisa. Na altura aquilo que fazia-mos era não dar valor aos problemas.

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